Fases do trabalho de parto são etapas progressivas que vão desde as primeiras contrações até o nascimento do bebê e a saída da placenta, cada uma com sinais e sintomas específicos que orientam o acompanhamento médico e o suporte necessário à gestante.
Você já parou para pensar em como as fases do trabalho de parto podem influenciar toda a experiência do nascimento? Entender cada etapa ajuda a lidar melhor com as emoções e sintomas que surgem, tornando esse momento menos assustador e muito mais preparado.
O que são as fases do trabalho de parto e por que importam
As fases do trabalho de parto são etapas naturais e organizadas pelas quais o corpo da gestante passa para dar origem ao bebê. Cada fase tem características específicas que indicam a evolução do processo e preparam o corpo para o nascimento.
Elas são normalmente divididas em quatro grandes momentos: fase inicial, fase ativa, transição e expulsão, além da dequitação que ocorre após a saída do bebê. Entender essas fases ajuda na identificação do progresso do trabalho de parto e na tomada de decisões importantes durante o acompanhamento médico.
Importância de conhecer as fases
Conhecer as fases do trabalho de parto é útil para reduzir o medo e a ansiedade da gestante e sua família. Saber o que acontece no corpo permite entender os sintomas, como as contrações, e a urgência do momento. Além disso, favorece uma comunicação clara com os profissionais de saúde para um suporte adequado.
O acompanhamento correto em cada fase evita intervenções desnecessárias e garante a segurança da mãe e do bebê. Por isso, educar-se sobre essas etapas é fundamental para viver a experiência do parto com mais confiança e tranquilidade.
Fase inicial: sinais e sintomas que antecipam o parto
A fase inicial do trabalho de parto é marcada por sinais e sintomas que indicam que o corpo está se preparando para o nascimento. Um dos principais sintomas são as contrações irregulares e de baixa intensidade, que podem durar de 30 segundos a um minuto, com intervalos que variam de 5 a 20 minutos.
Outros sinais incluem o alongamento e amolecimento do colo do útero, que começam a se dilatar lentamente, e a perda do tampão mucoso, que pode acontecer dias antes ou no início da fase inicial. Algumas mulheres também sentem uma leve cólica ou desconforto lombar.
Características da fase inicial
Nesta etapa, a gestante ainda consegue conversar, caminhar e descansar entre as contrações. É comum sentir ansiedade e dúvidas sobre a evolução do trabalho de parto.
É importante monitorar a frequência e intensidade das contrações e estar atenta a outros sintomas, como perda de líquido amniótico, que indicam a necessidade de buscar suporte médico.
Manter a calma, hidratar-se e descansar são recomendações comuns para essa fase, que pode durar horas ou até dias, principalmente no primeiro parto.
Fase ativa: como a intensidade das contrações evolui

Durante a fase ativa do trabalho de parto, as contrações se tornam mais frequentes, intensas e regulares. Elas ocorrem aproximadamente a cada 3 a 5 minutos, durando entre 45 segundos e 1 minuto.
Como as contrações evoluem
As contrações nessa fase são mais fortes e dolorosas, ajudando o colo do útero a dilatar de forma acelerada, geralmente de 4 a 7 centímetros. É comum que a gestante sinta uma pressão maior na região pélvica e no baixo ventre.
O ritmo das contrações facilita o posicionamento do bebê para o nascimento, e essa evolução é fundamental para a progressão do trabalho de parto.
O suporte emocional e físico é essencial nessa fase, pois a intensidade das contrações pode gerar desconforto e cansaço. Técnicas de respiração, movimentação e apoio da equipe médica ajudam a aliviar a dor e a ansiedade.
É importante que a gestante mantenha-se hidratada e monitore os sinais indicados pelos profissionais para assegurar que o trabalho de parto esteja seguindo o curso normal.
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Fase de transição: o momento mais desafiador da jornada
A fase de transição é considerada a etapa mais intensa e desafiadora do trabalho de parto. Nesse momento, o colo do útero dilata rapidamente de 8 para 10 centímetros, preparando o corpo para a fase de expulsão.
Sintomas e sensações comuns
As contrações tornam-se muito fortes, frequentes e longas, acontecendo a cada 2 ou 3 minutos, com duração de até 90 segundos. A mulher pode sentir calafrios, náuseas, tremores e uma grande pressão na pelve e reto.
É normal que a gestante sinta cansaço extremo, irritação e dificuldade para controlar a respiração, tornando o apoio emocional ainda mais essencial nesta fase.
Importância do suporte
Nesse momento, o suporte de profissionais e familiares é fundamental para ajudar a controlar a ansiedade e a dor. Técnicas de respiração profunda, massagens e posicionamentos confortáveis podem aliviar o desconforto.
A comunicação com a equipe médica deve ser constante, para garantir que tudo esteja progredindo bem e intervir rapidamente em caso de qualquer intercorrência.
Fase de expulsão: quando o bebê começa a nascer
A fase de expulsão ocorre quando o colo do útero está completamente dilatado, ou seja, com 10 centímetros, e o bebê começa a descer pelo canal vaginal. As contrações permanecem fortes e seguem acontecendo a cada 2 a 3 minutos, ajudando na movimentação do bebê.
Sensações e reflexos comuns
Nessa fase, a gestante sente uma forte vontade de fazer força, semelhante ao esforço para evacuar. Esse reflexo natural ajuda a empurrar o bebê para fora.
É comum que a mulher sinta uma pressão intensa no períneo e leve ardência quando a cabeça do bebê começa a aparecer, processo conhecido como “coroamento”.
Participação da equipe médica
O acompanhamento médico e da equipe de enfermagem é fundamental para orientar a mãe sobre o momento correto de fazer força, evitando desgastes e possíveis lesões.
O ambiente deve ser calmo e acolhedor, proporcionando segurança para a mulher que está passando por uma experiência única e intensa.
Essa etapa pode durar de minutos a algumas horas, dependendo de fatores como a posição do bebê e a força da mãe.
Fase de dequitação: o que acontece após o nascimento do bebê

A fase de dequitação acontece logo após o nascimento do bebê e corresponde à saída da placenta, membranas e demais tecidos que sustentaram o feto durante a gestação.
O processo de dequitação
Normalmente, essa fase dura entre 5 e 30 minutos. Durante esse tempo, ocorre mais algumas contrações leves que auxiliam na expulsão da placenta. Pode haver um pequeno sangramento, o que é considerado normal.
É fundamental que a equipe médica acompanhe atentamente essa etapa para garantir que a placenta saia por completo, evitando complicações como hemorragias.
O cuidado com a mãe nessa fase é essencial, incluindo o monitoramento da pressão arterial, a observação de sinais vitais e a avaliação do local da placenta para prevenir infecções.
Além disso, o contato pele a pele entre mãe e bebê é incentivado para fortalecer o vínculo afetivo e ajudar na recuperação materna.
Alterações físicas e emocionais durante o trabalho de parto
Durante o trabalho de parto, o corpo da mulher passa por diversas alterações físicas e emocionais importantes para o nascimento do bebê.
Alterações físicas
As contrações uterinas aumentam em frequência, intensidade e duração, ajudando na dilatação do colo do útero e no descida do bebê. É comum o aumento da pressão na pelve, sensação de cólicas e fadiga muscular.
Outras mudanças incluem o aumento da circulação sanguínea, possível aumento da temperatura corporal e suor devido ao esforço.
Alterações emocionais
Do ponto de vista emocional, a mulher pode experimentar ansiedade, medo, euforia ou até períodos de tristeza. Esses sentimentos são normais e fazem parte do processo emocional intenso do parto.
O suporte emocional recebido da equipe médica, familiares e do parceiro é fundamental para o bem-estar e ajuda a controlar o estresse, tornando o processo menos doloroso e mais positivo.
Técnicas de relaxamento e respiração consciente também auxiliam a conquistar equilíbrio emocional durante o trabalho de parto.
Como a equipe médica acompanha cada fase do trabalho de parto
A equipe médica acompanha cada fase do trabalho de parto de forma precisa para garantir a segurança da mãe e do bebê. Utilizam exames físicos, monitoramento eletrônico e observação constante.
Monitoramento das contrações e dilatação
Um dos métodos principais é o monitoramento das contrações uterinas e da dilatação do colo do útero. Isso pode ser feito por meio de exames manuais e com o uso de equipamentos eletrônicos que medem a frequência e intensidade das contrações.
Monitoramento do bem-estar fetal
Durante todo o processo, a equipe observa o batimento cardíaco do bebê, que indica como ele está reagindo ao trabalho de parto. Alterações podem significar necessidade de intervenções rápidas.
Exames físicos periódicos auxiliam na verificação da progressão do parto e na tomada de decisões médicas.
Apoio emocional e orientação
Além dos cuidados técnicos, o time oferece suporte emocional, esclarece dúvidas e orienta a gestante em cada etapa, aumentando o conforto e a confiança.
Comunicação clara e atenção personalizada são essenciais para lidar com imprevistos e garantir um trabalho de parto seguro e humano.
Dicas para lidar com a ansiedade e o desconforto nessa fase
A ansiedade e o desconforto são comuns durante o trabalho de parto, mas existem estratégias que podem ajudar a lidar melhor com esses sentimentos e tornar a experiência mais tranquila.
Técnicas de respiração
Controlar a respiração é uma das formas mais eficazes de reduzir a ansiedade. Respirações profundas e ritmadas ajudam a acalmar o corpo e a mente, diminuindo a tensão muscular.
Movimentação e posições confortáveis
Mudar de posição, caminhar ou até mesmo balançar o corpo suavemente pode aliviar a dor e melhorar a circulação. Encontrar uma postura que traga conforto é fundamental durante o trabalho de parto.
Suporte emocional
O apoio de familiares, parceiros e equipe médica é essencial para fortalecer a confiança da gestante. Palavras de encorajamento e presença constante ajudam a diminuir o medo e a insegurança.
Ambiente acolhedor
Manter o ambiente calmo, com luz suave e sons relaxantes, pode contribuir para o bem-estar. Evitar ruídos altos e movimento excessivo ajuda a controlar o desconforto.
Uso de técnicas de relaxamento
Massagens, banhos mornos e exercícios de alongamento podem aliviar a tensão corporal e emocional, tornando as contrações menos dolorosas.
Quando buscar ajuda médica urgente durante o trabalho de parto
Durante o trabalho de parto, é fundamental reconhecer os sinais que indicam a necessidade de buscar ajuda médica urgente. Isso garante a segurança tanto da mãe quanto do bebê.
Sinais de alerta para buscar ajuda imediata
Se ocorrer ruptura da bolsa com líquido claro ou com coloração verde ou marrom, deve-se procurar assistência médica rapidamente para evitar infecções.
Sangramentos vaginais intensos, dores abdominais fortes que não melhoram entre as contrações e diminuição dos movimentos do bebê também são motivos para buscar atendimento.
Alterações na pressão arterial ou sinal de preeclâmpsia
Se a gestante apresentar dor de cabeça intensa, visão turva, inchaço súbito no rosto ou nas mãos, é importante procurar o hospital imediatamente, pois esses são sintomas de preeclâmpsia, que exige cuidados urgentes.
Contrações muito frequentes ou ausência delas
Contrações com intervalos menores que 2 minutos, sem descanso, ou ausência prolongada de contrações em trabalho de parto ativo, demandam avaliação médica urgente.
Esses cuidados preventivos ajudam a evitar complicações graves e garantem que o parto prossiga com segurança e assistência adequada.
Entenda e prepare-se para as fases do trabalho de parto
Conhecer as fases do trabalho de parto ajuda a mulher e sua família a viverem esse momento com mais confiança e tranquilidade. Saber reconhecer os sinais e sintomas é fundamental para buscar o suporte médico adequado na hora certa.
Durante todo o processo, o apoio da equipe médica e de quem está ao seu lado faz diferença para lidar com as emoções e o desconforto. Cada fase tem sua importância no preparo para o nascimento do bebê.
Este conhecimento não apenas reduz a ansiedade, como também contribui para um parto mais seguro e confortável, garantindo a saúde da mãe e da criança.
FAQ – Perguntas frequentes sobre as fases do trabalho de parto
Quais são as fases do trabalho de parto?
As fases do trabalho de parto incluem a fase inicial, fase ativa, fase de transição, fase de expulsão e fase de dequitação.
Como identificar o início do trabalho de parto?
O trabalho de parto normalmente começa com contrações irregulares e de baixa intensidade, além do amolecimento e dilatação gradual do colo do útero.
Quando devo procurar ajuda médica durante o trabalho de parto?
Procure ajuda médica imediata em casos de ruptura da bolsa com líquido colorido, sangramentos intensos, contrações muito rápidas ou ausência de contrações, e sinais de preeclâmpsia.
O que acontece na fase de expulsão do parto?
Na fase de expulsão, o colo do útero está totalmente dilatado e a mãe faz força para que o bebê desça pelo canal vaginal até nascer.
Quais são as mudanças emocionais comuns durante o trabalho de parto?
É comum sentir ansiedade, medo, euforia e cansaço, sendo importante o suporte emocional para ajudar a controlar essas emoções.
Como a equipe médica acompanha o trabalho de parto?
A equipe monitora a dilatação, as contrações e o bem-estar do bebê por meio de exames físicos e aparelhos eletrônicos, além de oferecer suporte emocional e orientação durante todo o processo.